Yorktown, finalizado!
Não há bem que pra sempre dure, assim como não há mal que não tenha fim! E para convalidar essa máxima, após mais de 6 meses de alegrias, sustos e frustações a montagem do Yorktown chegou ao fim. Nosso amigo Martini não esconde a felicidade pela conclusão do que foi para ele o projeto mais dificil até o momento, isso em razão do kit da Trumpeter, que como já haviamos dito anteriormente, ser simplório e pouco detalhado. Essas limitações forçaram nosso amigo a ter que fazer todo o hangar de voo em scratch, assim como reproduzir todas as chapas do casco com fios de sprue, bem como todas as estruturas e tubulações existentes no navio real, já que esses detalhes, tão importantes num modelo de navio nessa escala eram praticamente inexistentes. Não obstante a essas dificuldades ainda surgiram os problemas com os acessórios de detalhamento, como o deck de madeira por exemplo, que por não se ajustar perfeitamente ao convés do kit exigiu muito mais tempo e esforço do que geralmente é necessário nessa etapa. As armas anti-aéreas foram um capítulo a parte, pois eram numerosas, que além de microscópicas incluíam partes de resina, photoetched e metal torneado. Em 1944 o Yorktown carregava um total de 60 canhões Oerlikons simples de 20mm (cada arma é composta por 8 peças), 17 canhões Boffors quádruplos de 40mm (cada arma é composta por 28 peças) 68 armas no total, além de 12 canhões Mark 12 de 5 polegadas, sendo 8 montados a estibordo, em torres duplas no convés de voo a frente e atrás da ilha de comando e outros 4, em armações simples, montados no costado a bombordo. A ilha foi outro desafio considerável com a sua intrincada rede de radares e antenas, exigiu muita atenção e cuidado com as inúmeras peças, que além de muito delicadas, sabia que não poderia errar, porque simplesmente não conseguiria arrumar novamente. Nela, as bandeiras dos códigos de sinalização, que não vem no kit, também tiveram que ser confeccionadas no computador e impressas em papel branco fosco. O Yorktown tinha capacidade para transportar de 80 a 100 aeronaves, dependendo do tipo. Como o modelo em questão representa esse navio no ano de 1944, nessa época seu corpo aéreo era formado pelos caças Grumman Hellcat, os bombardeiros de mergulho Curtiss Helldiver e os bombardeiros torpedeiros Grumman Avenger. Com isso em mente, Martini montou 54 aeronaves, dessas, 35 estão posicionadas no convés de voo e as 19 restantes no deck inferior, cada qual com sua numeração individual e sem repetição. A tripulação do Yorktown era composta de aproximadamente 3.450 homens, entre marinheiros, oficiais e corpo aéreo. Assim sendo, para dar vida ao modelo, 350 figuras foram preparadas e espalhadas pelo navio. Nelas, as cores dos uniformes tiveram de ser fielmente reproduzidas pois especialmente no convés de voo elas denotavam a função. Por fim foram preparados os equipamentos de apoio utilizados pelos tripulantes, como Jeeps, reboques, escadas, carrinhos para bombas e torpedos, guindastes, que infelizmente ficaram pouco visíveis por estarem no deck inferior etc. Cabe ressaltar que o posicionamento desses equipamentos, bem como dos aviões e figuras não foi aleatório, mas sim de forma coerente após muito estudo das diversas fotos de época utilizadas ao longo desse projeto.
Esperamos que as mais de 350 fotos publicadas, além de ser um tributo em si a esse esforço monumental que exigiu comprometimento extremo além de muita paciência e técnica apurada, possam servir de inspiração para aqueles que desejam se aventurar num projeto desse tipo.
Por último nos resta apenas parabenizar nosso colega por mais esse trabalho expetacular!
Para aqueles que gostam de acompanhar essas magníficas empreitadas do Martini, saibam que ele já revelou que para 2016 seu próximo kit de navio deverá ser o Bismark 1/350 da Revell. Pode ser que até lá ele mude de ideia, independentemente disso a única certeza que podemos ter é que seja qual for, iremos apreciar mais um modelo impressionante.
Fiquem ligados!